terça-feira, 10 de março de 2009

Lily Allen

Eu costumo dizer que quando o assunto é música, meu relógio anda com 20 anos de atraso. Ou seja, gosto de músicas lançadas há pelo menos 20 anos. Atualmente estou começando a revisitar os anos 90. Aliás, esta é a nova tendência das festas Flashback. Entretanto, de tempos em tempos, algumas coisas novas aparecem e me fazem renovar as esperanças pelo futuro criativo da música. Ainda dá para fazer coisa boa. E eu gosto disso, porque me sinto em compasso com o meu tempo. Pensando muito sobre o assunto, concluí que vou ficar triste no futuro se eu me descobrir, daqui há 20 anos por exemplo, um grande fã do NXZero, como eu sou, por exemplo, dos Smiths. Quando a banda nem mais existir, quando os membros morrerem, se aposentarem ou tiverem brigado, sendo que eu poderia ter acompanhado toda a movimentação, os lançamentos, os shows e a formação original, tudo agora. (Quero deixar claro que o NXZero foi apenas um exemplo). Mas é que já me aconteceu. Quando eu morei nos Estados Unidos, eu não gostava de música country. Aliás, eu odiava. E, entretando, era só o que fazia sucesso por lá. Hoje eu fico aqui correndo atrás dessas músicas com um louco na internet. E advinhem? Eu gosto delas por me fazerem lembrar do tempo em que eu morei por lá. As letras, o som, tudo me lembra aquela época da minha vida que não volta mais. Falando de artistas contemporâneos, eu logo que ouvi gostei da Amy Winehouse. Trouxe de volta o glamour e o som das divas da soul music, como Aretha Franklin, com o frescor do novo milênio. E com a vantagem de gostar de ska. Para quem duvida, basta ouvir a sua versão para Monkey Man, do Specials, que encerra o dvd Back to Black. Gostei também da Joss Stone, da Duffy, mas achei todas essas menores que Amy. É sempre assim quando é moda. Aperece o precursos e os seguidores, geralmente de segunda e terceira linha. Estamos vivendo a moda das divas cantoras na Inglaterra e acho que muitas do mesmo tipo ainda virão. Hoje eu quero destacar o álbum "It´s Not Me, It´s You", da Lily Allen, lançado no último dia 9 de fevereiro. Até ontem a noite eu acompanhava a carreira dessa cantora apenas porque ela tinha a mania de aparecer de top less nas praias e piscinas do mundo, e isso virava notícia no Terra e Globo.com. Mas lendo as críticas sobre o lançamento desse disco, vi que os críticos diziam que a cantora havia deixado o ska de lado. Aí eu pensei: ela fazia ska? Gostando de ska como eu gosto, corri atrás e vi que sim. Era ska. Mas um ska 2009. Ska com batida de hip hop, com vocais de rap, com samplers de música jamaicana dos anos 60, rocksteady. Ou seja, percebi que o ska que eu conhecia estava também parado no tempo, e se o ska fizesse sucesso hoje, soaria assim. O No Doubt hoje seria assim. O disco do qual eu trato hoje realmente não é ska. A inspiração é New Wave e é muito bom. Eu me apaixonei por uma música em especial nele, chamada Fuck You. Não é novidade nenhuma pra quem que conhece que eu gosto de música com palavrão, daí o meu gosto pelo funk carioca. Nesse caso, Lily Allen conseguiu uma melodia linda, alegre, contagiante, típica daquelas músicas bobinhas dos anos 60 (na verdade, é um sampler de Chain Reaction, gravada por Diana Ross), com introdução digna das melhores música dos Carpenters e a letra, surpreendentemente, crítica e nervosa. O legal é que a letra não tem nada a ver com a melodia da música. Escrita, segundo a cantora, como um protesto contra o BNP (British National Party), um partido de extrema direita da Inglaterra. Escutem Fuck You e vejam que, na música, algumas vezes, a melodia pode não ter nada a ver com a letra e mesmo assim a música ser ótima. A partir de hoje, acompanho a carreira musical de Lily Allen.

7 comentários:

  1. musica simplesmente perfeita!!!!!!!

    te amo!!!!!!!!!!!!!!!

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  2. Edinho mantendo a média de um post por mês. Acessar o Terra pra ver as celebridades de topless é o que há.

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  3. Hahahahahahaahahahahaha. Que bom que você gostou da música bb!

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  4. vc ja sabia desde ontem que eu tinha gostado...rs

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  5. pela 1ª vez, vc me decepcionou... gostar de funk carioca!? rs

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  6. Acho que isso já tinha ficado claro em uns posts atrás.

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  7. è que eu esqueço fácil, Diogo...

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