sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Plebe Rude

Inicialmente, gostaria de desejar um feliz natal a todos aqueles que ainda leem (sim, eu já me adaptei às novas regras ortográficas) esse blog. Nessas últimas semanas eu trabalhei muito, e, consequentemente, fiquei sem tempo de atualizar a leitura dos senhores (as). A Laura estava comigo em Brasília esses dias, então tivemos a oportunidade de, na quinta-feira passada, irmos a um show que eu estava querendo ver há muito tempo: Plebe Roots. Um projeto do Phillipe Seabra e do André X (ambos da Plebe Rude), em que o repertório é composto pelas músicas que influenciaram a Plebe Rude no início da carreira. Ou seja, muito punk, pré-punk e pós-punk. Eu sempre respeitei a Plebe Rude enquanto banda de rock nacional. Eram, para mim, o "The Clash" brasileiro (guardadas as devidas limitações e proporçôes, é óbvio). Gostava de músicas como "O Concreto já Rachou" e "Até Quando Esperar". Eu nunca vi a Plebe Rude ao vivo, mas sei que hoje em dia eles tocam inclusive com o Clemente (ex Inocentes), na guitarra. Mas já vi muitos trabalhos paralelos do Seabra, inclusive um chamado "Clash City Rockers", especializado em covers do The Clash, além de discos de bandas de Brasília produzidos por ele, como os Bois de Gerião. Ou seja, para mim, o Phillipe Seabra é um grande nome do rock nacional. Interessante é que o Seabra não é brasileiro. Nasceu em Washington, D.C. nos EUA. Sobre o show, fui um dos melhores shows de bar que eu já vi. Tocaram tudo o que eu gosto. De Queen a Stray Cats, passando por Pixieis, Clash, XTC e Sex Pistols. Muito divertido. Pena que tinha um grupo de pessoas que achavam que estavam em um show da Plebe Rude, e ficaram enchendo o saco para que eles tocassem as músicas próprias, que, sinceramente, não chegam nem aos pés das músicas cover que eles tocaram. Me impressionou também a desenvoltura de Seabra na guitarra, se desdobrando entre solos e bases, além de cantar as músicas. Um show muito bom, que acontece uma vez por mês em Brasília. Vou sugerir ao Claudão que tente trazê-los a Obra.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Pedindo Desculpas: uma lição em três passos.

17Quando caiu em si, disse: ‘Quantos empregados de meu pai têm abundância de pão, enquanto eu pereço aqui de fome! 18 Levantar-me-ei e viajarei para meu pai e lhe direi: ‘Pai, pequei contra o céu e contra ti. 19 Não sou mais digno de ser chamado teu filho. Faze de mim um dos teus empregados.”20 Levantou-se assim e foi ter com seu pai. Enquanto ainda estava longe, seu pai o avistou e teve pena, e correu e lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou ternamente. 21 O filho disse-lhe então: ‘Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho. Faze de mim um dos teus empregados.’ 22 Mas o pai disse aos seus escravos: ‘Ligeiro! Trazei uma veste comprida, a melhor, vesti-o com ela, e ponde-lhe um anel na mão e sandálias nos pés. 23 E trazei o novilho cevado e abatei-o, e comamos e alegremo-nos, 24 porque este meu filho estava morto, e voltou a viver; estava perdido, mas foi achado.’ E principiaram a regalar-se. (Lucas 15:17-24)
Nos últimos dias tenho pensado muito sobre o tema "desculpas" em todos os seus aspectos. Não sei por qual motivo não tem saído da minha cabeça. Por isso, resolvi compartilhar com os amigos alguns pensamentos sobre o assunto. Uma das frases que eu mais ouço todos os dias é "errar é humano". Confesso que muitas vezes eu me irrito com certas pessoas que cagam e vem depois dizer... "desculpas", "errar é humano". Não foi Platão quem primeiro constatou que "errar é humano". Aposto que mesmo a Grécia antiga, dos homens de bem, era infestada pelos idiotas do dia-a-dia que erram de propósito, por não se importarem em acertar. Mas, com certeza, foi Platão quem deixou na história: "Errar é humano, mas também é humano perdoar." O fato é que muitas vezes erramos. E quando erramos, magoamos as pessoas que amamos, prejudicamos os outros, e isso afeta toda a nossa vida. A verdade é que nossos atos são todos coordenados. E quando erramos, passamos a gerar uma série de atos "falhos", oriundos do "erro". E não há outro meio de consertá-los senão pedindo desculpas. Por isso, pedir desculpas é um dos atos mais importantes de um ser humano. O pedido de desculpas implica em três etapas: 1) Reconhecer o erro; 2) Estar arrependido; 3) Fazer (ou deixar de fazer) alguma coisa para amenizá-lo. Em todo caso, o pedido tem que ser sincero para surtir efeito. Muitas vezes, o pedido de desculpas pode ocorrer muito tempo depois da ação, que é o tempo que precisamos para percebermos o erro, ou nos arrependermos ou estarmos prontos para consertá-lo. Não importa, em nenhum caso, como o outro irá reagir, isso não está nas nossas mãos. Entretanto, percebido o erro, é importante agirmos com rapidez para amenizar seus efeitos, seja em nós ou nos outros. Todos se beneficiam do pedido de desculpas. Tenham certeza que é a coisa certa a ser feita. Por isso selecionei o trecho acima, em que Lucas narra a conhecida parábola do Filho Pródigo. Percebam que a lição bíblica reproduz os três passos: o filho reconhece que errou ("Quando caiu em si, disse: ‘Quantos empregados de meu pai têm abundância de pão, enquanto eu pereço aqui de fome!"); demonstra arrependimento ("Levantar-me-ei e viajarei para meu pai e lhe direi: ‘Pai, pequei contra o céu e contra ti. 19 Não sou mais digno de ser chamado teu filho. Faze de mim um dos teus empregados.”) e agiu ("Levantou-se assim e foi ter com seu pai."). Como este blog ainda é basicamente sobre música, selecionei uma do Elton John, em que ele canta "desculpa parece ser a palavra mais difícil". O perdão, é claro, não depende de nós, mas é difícil não perdoar, quando sabemos que nós também erramos. Lembrando São Francisco de Assis, "é perdoando que se é perdoado". Não se preocupe com o perdão antes de pedirem as desculpas.
Sorry seems to be the hardest word: http://br.youtube.com/watch?v=rJ1tBYV1cgU
Ah, esqueci. Não acho que devemos pedir desculpas a toa, por qualquer motivo bobo. Isso desvaloriza nossas desculpas quando elas realmente forem necessárias.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Mr. Rude

A vida, não raras vezes, nos surpreende com oportunidades e situações que não pareciam possíveis nem mesmo em nossos mais distantes sonhos. Em 1997 eu tinha 14 anos e era um gordinho feliz que viu a propaganda de um cd no SBT (ou na Band) chamado Skabrasil. Gostei imediatamente das músicas que ouvi na televisão e comprei o cd nas Lojas Americanas. Não sabia o que era ska, mas aquele som soava novo e parecido com Paralamas do Sucesso e Skank, duas das bandas que eu mais gostava na época. Quando cheguei em casa, viciei no cd. E descobri o universo ska. De todas as bandas que o cd trazia, a que mais gostei foi o Mr. Rude, especialmente "Patrulha Noturna", que só muito mais tarde descobri ser uma versão (a música original é dos Paralamas do Sucesso). Depois, comecei a curtir as outras, como Apesar de Tudo e Oh Não. Lembro que nessa época também eu tinha acabado de ganhar a Fernanda (nome da minha primeira guitarra... que não era Fender e sim Fernandes) e eu, o Leo e o Diogo íamos para Lagoa Santa nos finais de semana, promovendo os primeiros encontros do que depois seria o Silent Bob. Numa dessas, empolgamos tanto com Apesar de Tudo que acabamos gravando um clipe da música. Queria rever essa fita! Naquele dia eu fui andar na bicicleta do Leo e devido ao meu peso, acabei literalmente fodendo a bicicletinha e quebrando a corrente. Isso aparece no nosso clipe. O esquema era tosco. Dávamos play na música e na filmadora ao mesmo tempo. Depois, era pause na música e nova cena. Bem, depois disso eu fui pros EUA, conheci muitas outras bandas de ska que faziam sucesso por lá na época, conheci o Yan, formamos a banda (com muitas influências de ska) e o Mr. Rude continuava, na minha cabeça, a melhor banda de ska do Brasil! Mesmo já tendo sido extinta. Já com a banda formada, nos idos de 2001, não sei de onde o Yan foi convidado para tocar em um projeto novo em BH, de ska, do Luciano. Quem é Luciano? Mais conhecido como Tristão, trata-se do bateirista e mentor intelectual do Mr. Rude. Ou seja, é quase dizer que o Yan participou do que seria uma "remontagem" do Mr. Rude. E, numa dessas, me chamou até pra eu ir ensaiar com eles! Imagina! Esse projeto ficou conhecido como Inflamável, e era um dos shows que eu mais gostava em BH. O Tristão é um mestre do ska. Lembro do Yan contando os casos do Tristão, que morava com a mãe e guardava uma das melhores discotecas da cidade em sua casa, além de dirigir um indefectível Prêmio cinza, sempre sem gasolina. Depois disso, o Tristão passou a fazer, de alguma forma, parte da nossa vida "musical", até aparecendo pra ajudar nas gravações do SBJJ no estúdio do Cleso, ocasião em que, segundo ele, nossas músicas fariam parte de uma coletânea de ska que estava sendo preparada em São Paulo. Conhecemos também o Elias, baixista do Mr. Rude, com a sua banda Supermodel, que ensaiou uma época no mesmo estúdio que a gente. Bom, no Inflamável, o Yan conheceu o Marcelo, e entrou para o Impar. O Tristão foi expulso da sua própria banda (Inflamável) e finalmente parece que se deu bem com o próprio negócio ao monta a boate (segundo quem foi, gay) Velvet, depois de muitos apuros. O Elias deve ser design de web site, como todo cara que quer ainda ser músico depois dos 40 anos. E o Mr. Rude vive em minhas melhores recordações, e eu ainda hei de vê-los ao vivo. Confiram:
O Incrível Homem-Âncora (Impar):http://br.youtube.com/watch?v=jo2TCubbtxM
Obs.: Segundo a lenda, o Marcelo, do Impar fez essa música inspirado pelo Tristão. O Yan pode confirmar a história.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Diesel

“Oh, oooh, oooh, oh, Joca in rio!” Lembro-me bem como se fosse semana passada o aniversário do Joca que aconteceu um pouco depois do “Rock In Rio III”. 
João Carlos, mais conhecido como Joca, também conhecido como Joconha, Jocaralho, dentre outros apelidos era o “roadie” do “Silent Bob And The Jay Jay´s”. Digo isso entre aspas porque, primeiro a gente não precisava de “roadie”, segundo a gente não sabia exatamente tudo o que um “roadie” fazia, e terceiro, das coisas que a gente sabia que um “roadie” fazia, ele João “Joca” Carlos não fazia, ou não sabia fazer. O Joca estava mais para um “groupie” do que um “roadie”. Ele estava sempre conosco, e de vez em quando ajudava, carregando alguma coisa, mas “roadie” mesmo ele não era. Todo mundo era novo,  e o Joca era mais novo ainda, ele deveria ter uns quinze anos, e o sonho dele era ter uma banda, mas tenho certeza de que o sonho dele era tocar na nossa banda.
Em 2001 fomos, eu, o Diogo, o Édio, e o Yan para o “Rock In Rio III”. Ficamos no apartamento da mãe do Yan na Avenida Atlântica, de frente para a praia de Copacabana, a vista da janela era típica de um cartão postal do Rio de Janeiro. No último dia do festival cerca de 250 mil pessoas puderam acompanhar os shows do Red Hot Chili Peppers, Silverchair, e Deftones, além de outras bandas nacionais. Era o nosso segundo dia de festival, tínhamos ido exatamente no dia anterior, então estávamos já um pouco cansados, mas também estávamos mais prevenidos com relação ao que fazer e o que não fazer lá dentro da “Cidade do Rock”. Havíamos fincado nossa bandeira e armado nossa barraca num ponto até meio distante do palco, quando eu digo bandeira eu quero dizer na verdade bundas, e onde se lê barraca entende-se cangas. Armamos um pequeno acampamento, tínhamos um grupo consideravelmente grande conosco, estávamos todos lá no acampamento esperando encontrar o Diogo(assunto para um outro post). Pois bem, estávamos lá olhando para o nada, esperando o primeiro show do palco principal, quando eu avisto um ser de cabelo meio engomado, meio espetado, com aquela cara de ovo de óculos, camisa preta e bermuda, era o Joca, mas espera aí um pouco, o Joca não estava conosco. O Joca nem ao menos estava no Rio até onde eu saiba.
- O Joca, o que cê tá fazendo aqui?
- Eu saí lá de Cabo Frio e vim pra cá.
- E seus pais deixaram você sair assim?
- Ah, meus tios é que estavam lá comigo.
- Eles deixaram?
- Ah, Eles não sabem que eu vim não.
Depois de muita risada, e de passar muito sabão no Joca, e depois de ter encontrado o Diogo(continuo insistindo, peço, por favor, não adiantem esse assunto em nenhum comentário, o post com relação a esse assunto será escrito) começa um dos shows que eu mais esperava, era o show de uma banda de Belo Horizonte, o Diesel. O Diesel havia vencido um concurso entre bandas de todo país chamado "Escalada do Rock", que dava o direito para a banda vencedora de poder tocar no palco principal e abrir o último dia do evento. Eu já tinha visto vários shows do Diesel, não gostava tanto do estilo da banda, que eu achava um pouco ultrapassado, mas o som deles ao vivo era igual ao som do CD deles, muito bom, era quase perfeito. Eu queria tirar minha dúvida se o show deles em um palco gigante e para um público gigante ia ser o mesmo ou pelo menos parecido com os shows deles em palcos e locais minúsculos. O fato é que não deu nem tempo para eu tirar minhas conclusões, o show fora interrompido pela produção do evento antes que eu pudesse analisar qualquer coisa. E foi uma coisa muito estranha porque foi no meio de uma música. Achei que algo de grave havia acontecido, mas não, depois descobri que a produção retirou o Diesel do palco porque eles, da produção, estavam atrasados com relação à programação do evento. Isso me deixou um pouco decepcionado, pois queria ouvir ao resto do show do Diesel e conferir a reação do público ao show deles.
Depois de alguns shows fomos para as barraquinhas eu, o Édio e o Joca nos alimentar. O Joca havia levado em uma sacolinha uma máquina de tirar retratos totalmente manual, bem old school, que havia comprado para registrar sua aventura na cidade maravilhosa, além disso sua sacolinha também havia carregado mais cedo, sanduíches de presunto para o seu almoço, mas já estava escuro e a barriga do Joca já dava sinais claros de que ele iria precisar de muito mais que alguns sanduíches de presunto para continuar a sua aventura. Tenho que confessar que nesse dia, o mais legal foi ver, ou melhor, não ver o macarrão de 10 reais que o Joca comprou. O macarrão custava na verdade 5 reais, mas antes de dar a primeira garfada em seu macarrão, Joca numa manobra espetacular conseguiu no intervalo em que piscava os meus olhos, derrubar todo seu macarrão naquele chão sujo e voltar  para a posição original o seu marmitex, que ficara completamente vazio, foi como se ele girasse o marmitex bem rápido, mas não rápido bastante para manter o macarrão dentro. Então lá se foi o Joca para a fila comprar mais um marmitex de macarrão.
Voltando para BH, descubro que o Joca estava de castigo, e estava pagando o preço de sua aventura musical. Dias depois somos convidados para ir ao aniversário do Joca, o assunto não poderia ser outro, as recentes loucuras de Joca, o "roadie" fujão. Conversa vai, conversa vem, estava na hora de cantar parabéns. Cantamos o "parabéns", depois cantamos o já tradicional “big”, e ao invés do “com quem será”, veio lá do fundo o coro já no ritmo da música tema do festival carioca“Oh, oooh, oooh, oh, Joca in rio!”.

Editorial

Amigos (as) leitores (as),
Nos últimos dias eu tenho recebido ligações, scraps, e outros recados dos senhores, reclamando que o blog já não é mais atualizado com tanta freqüência, como ocorria antes. E como vocês sabem, o blog não é o meu emprego principal, apenas uma forma que encontrei de manter contato com os amigos, preservar umas boas histórias e desabafar. Eu não quero escrever por obrigação, e apenas quando der vontade. Nos últimos dias tenho andado sem tempo, e as vezes sem vontade. Entretanto, já pedi ao Leo que atualizasse o blog, ou que, pelo menos, tentasse mantê-lo minimamente em dia. Queria também comentar o resultado da nossa enquete, em que o Lino, em surpreendente popularidade, perdeu por apenas 1 voto do candidato favorito ("um idiota qualquer"). Lino, essa é a imagem que as pessoas tem de você? De um cara polêmico? Intrigueiro? E olha que o Lino foi candidato de última hora, porque concorreu no lugar para o qual o candidato mais cotado era o Diogo. Aliás, não sei porque o Diogo não concorreu nessa vaga! Mas, no geral, foram 18 votos, com o meu. Ou seja, pelo menos 17 pessoas diferentes leram o blog! Um recorde total de audiência. As vezes eu penso: tem 17 pessoas que lêem todos os dias as bobagens que aqui são publicadas. Obrigado mais uma vez. Por fim, e lembrando o mês de festas (e quem me conhece sabe o tanto que eu gosto de Natal), queria pedir aos leitores nesse final de ano que reservem um momento nesse mês para fazerem um check up geral do ano que passou, relembrar os bons momentos e refletir no que pode ser melhorado para que 2009 seja um ano ainda melhor para todos nós! Por fim, peço aos leitores que não deixem de comentar as postagens. Os comentários (críticos ou não) são as palmas dos blogueiros. É o combustível que nos move.
Beijos e abraços,
Edinho.

domingo, 30 de novembro de 2008

The Skatalites

Os meus leitores poderão achar que eu estou tentando aproveitar do sucesso obtido nos textos em que o Fusca aparece como protagonista, acho que não é o caso. Mas devo admitir que o Fusca já rendeu algumas histórias a este blog, como a que eu vou contar agora, que ficou conhecida como "a do Mudinho da Savassi". Agora, quando as pessoas lhe perguntarem se você conhece a do Mudinho da Savassi, quero ver você ficar calado! Esse final de ano tem sido bastante corrido, em termos de compromissos sociais. Estive em Belo Horizonte entre 21 e 24 de novembro, e mal parei em casa. O primeiro compromisso, no entanto, era logo no dia 21. Aniversário do Gustavo, comemorado no Hard Rock Café, com direito a banda Chevette Hatch! Estava louco pra ir lá, ainda não fui no Hard Rock Nova Lima e estou bastante curioso. Sabia que estava com um cronograma apertado para aquele dia. Combinei de pegar a Roberta na casa delas entre 22:00 e 22:30. Para vocês terem uma idéia, o avião saía de Brasíli as 19:15. No avião, vim curtindo Skatalites, uma das mais antigas bandas de ska (do início dos anos 60), ainda em atividade, e que passou pelo Brasil nesse ano (e eu perdi). Eles tocavam o "James Bond Theme". Linda versão que resumia bem o espírito de "missão impossível" no qual eu estava imbuído. Para a minha sorte, estava tudo dando certo naquele dia e as 21:40 estava entrando na minha casa. Logo olhei para o bar, e já vi as chaves do Fusca. Tomei um banho apressado e desci correndo para o carro. Ainda encontrei com o meu pai chegando no elevador. Me segurei para não pedir o outro carro emprestado, já que não estava com tempo para discutir o assunto com ele. Liguei o Fusca e fui. Peguei o Leo, a Fabi, a Roberta e resolvi que deveria parar no postinho da Savassi para "colocar R$ 20,00". Depois disso, a noite seria outra. Quem disse que o carro ligava após o abastecimento? Realmente, eu tenho que concordar com o Leo. Esse Fusca é um carro de personalidade própria. Tentamos a primeira, nada. A segunda, nada. A terceira, nada. Tensão. Apareceram os curiosos. O postinho estava cheio. Resolvemos que teríamos que empurrar o carro. Logo surgiu o problema da falta de espaço. Empurramos ali mesmo no posto. O Leo já no volante, por razões óbvias. Apareceram então um segurança, já metendo a mão no motor. "É gasolina!". "Acabamos de abastecer." "Então só pode ser óleo, eu tenho um Fusca." "Não é não, pode confiar, é bateria." "Que bateria rapaz..." E mexe no motor... Resolve ajudar a empurrar. Eis que aparece um outro simpático, para por a mão na massa. Esse calado, não deu palpite algum, limitando-se a ajudar a empurrar. Nem boa noite disse. Achamos estranho, mas ajuda é ajuda, não podemos recusar. Mais umas cinco tentativas depois, eu desisti. Resolvi que era hora de tomar uma cerveja e tratamos de "estacionar" o Fusca ali no Posto. Abro a cerveja e ligo pro meu pai... Eram já quase 23:00 e a Roberta tinha que estar em casa nas próximas duas horas. Meu pai, já meio dormindo, diz... "desliga o segredo". O segredo! Ninguém se lembrou do segredo. Ninguém se lembrou de que o Fusca só funciona com a porta fechada... ou da dedada! Puta que pariu! Vamos empurrar outra vez, dessa vez, com o segredo desligado. O drama recomeça, o segurança sumiu, mas o outro rapaz ainda estava lá. Voltamos a fazer os esforços para empurrar o Fusca. Nessa hora, vi que o rapaz era mudo, porque a medida que íamos empurrando, o rapaz ia ficando nervoso. Queria gritar "aperta o botão", mas não saía... Queria sugerir "vamos fazer uma chupeta". Não saía. Queria emprestar o seu próprio carro, ou de uma amiga, não sei, mas não saía. A Fabi logo comentou que esse era o mudo mais falastrão que ela conhecia. "Esse mudo não cala a boca". A mim, eu achei que ele havia pedido uma graninha, mas nessa hora eu olhei sinceramente pra ele e disse "irmão, não conseguindo entender". O mudinho, depois de muito sugerir, conseguiu levar o carro para a Getúlio Vargas. Lá, era uma técnica mais complicada, que era a de "pegar no tranco de ré"! Isso exigia empurrar o Fusca na subida. Estava suando igual a um porco nessa hora. Foram mais umas cinco tentativas assim antes de o Fusca pegar. Quando o Fusca pegou, o Leo foi dar umas voltas no quarteirão para "firmar". Enquanto isso, decidimos ir para "A Obra", dado o atrasar da hora e considerando que a Roberta estava a poucos quarteirões de casa. Assim, o Leo voltou para o posto e resolveu "testar" o Fusca. Não funcionou. De repente, aparecem na porta da Obra o Leo e o seu novo amigo mudo, conversando normalmente sobre o Fusca. Eu achei, por um momento, que o mudo ia entrar na Obra com a gente, mas não. Enfim, nem a Fabi, nem a Roberta conheciam a Obra, um dos lugares mais frequentados por mim e pelo Leo. E foi legal a noite. Claudão de DJ, tocando de tudo e variado. Ska, punk, rockabilly, Beatles. Logo pedi ao Claudão para colocar o "James Bond Theme" tocado pelo Skatalites. Um belo final resumindo a noite. Não foi daquela vez que eu iria no Hard Rock. E foi a primeira vez que o Fusca me deixou na mão. O pior foi saber que ainda teríamos que empurrar o Fusca para voltar pra casa. Mas a da volta foi fácil. O Fusca estava de bom humor e pegou de primeira. E eu voltei pra casa com o Skatalites na cabeça.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Queen

É chegada a hora, senhores! Hoje eu e o meu pai finalmente vamos a um show do Queen. Nunca imaginei que esse dia chegaria. Tudo bem que não é o Queen completo que eu aprendi a idolatrar desde criança. Anteontem fez 17 anos que o Freddie Mercury já não está entre a gente. Como o tempo passa rápido. Me lembro do dia em que fiquei sabendo da morte do Freddie. Eu morava em Ouro Preto com a minha mãe, tinha 8 anos de idade. Meu pai trabalhava no Rio de Janeiro e era muito fã do Queen (do Freddie Mercury em especial), e nós sabiamos disso. Quando ouvimos a notícia no Jornal Nacional, ligamos pro meu pai na hora. Todo mundo estava triste lá em casa. Eu chorei, mesmo sem saber bem o que ele representava, mas só de saber que era uma pessoa que meu pai gostava. Eu cresci ouvindo Queen, todo Natal, invariavelmente, o presente do meu pai tinha a ver com o Queen. Até que completou-se a coleção, não havia mais cd do Queen que ele não tivesse, nem DVD. Faltava apenas o show e, quando não tínhamos mais esperança, eis que o show apareceu. Eu tenho aguardado com ansiedade esse show e venho acompanhando no site da banda a turnê. O último show antes desse foi em Santiago, eles tocaram 30 músicas, 28 clássicos do Queen, mais duas do Paul Rodgers (o novo vocalista). Novo não, velho! Paul Rodgers é um dinossauro do rock, líder do clássico Bad Company desde o final dos anos 60, nos anos 80 formou o Free, grandes bandas de hard rock. Não é um cantor qualquer, é uma estrela do rock. Assim como o baixista que substitui John Deacon, ex-baixista do Blue Oyster Cult, outro clássico do hard rock. Ou seja, mesmo sem Deacon e Mercury, esse está longe de ser um Queen qualquer. Ao contrário, promete ser uma banda poderosa no palco, como é a fama do Queen. Eu já fui em muitos shows na minha vida, e de grandes bandas, mas confesso que nunca tive tanta expectativa sobre um show quanto agora. Me resta apenas esperar... faltam menos de 12 horas! Depois eu conto como foi o show.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Lab

Mais uma vez, depois de uma semana tumultuada, peço desculpas por não ter podido postar até hoje. É a primeira vez que ficamos uma semana sem postar no blog. Entretanto, Para quem acompanha mais de perto, sabe que nem por isso o blog parou. Nesse momento, por exemplo, está rolando um barraco na postagem "MC Buiú", que já ultrapassou os 60 comentários. Confiram e divirtam-se. Esse é um texto que a Roberta me mandou na segunda-feira, sobre o Lab, a nova banda do Daniel Lima, que nós tivemos o prazer de assistir na última quinta-feira a noite em Belo Horizonte, quando eles dividiram o palco do "Conservatório" com os meus amigos do Impar. O Daniel já é um batalhador da música de longa data. Conheci ele há uns 13 anos quando tive o privilégio de ser seu aluno nas aulas de inglês do Top Class. Na verdade tenho que confessar que naquela época o Daniel era tudo aquilo que eu queria ser, e efetivamente fui, durante um tempo. Ele era professor de inglês, tinha uma banda, e fazia muito sucesso na Cidade Nova e região. A banda, naquele tempo, era o Blitz Krieg, e eu, na época com 12 ou 13 anos, achava que a banda iria estourar. Chegou a ter o clipe veiculado no Canal 25. Depois, quem estiver curioso pode checar o cd, que eu guardo com carinho. Passados alguns anos, voltei a encontrar com o Daniel, dessa vez, por causa da música. É que ele tinha um estúdio onde o Silente Bob ensaiava. O estúdio era bom, ficava dentro de uma fábrica de calças jeans perto de casa. Nesse tempo, trocamos, brevemente, experiências musicais. Ele tocava nessa época no Dr. Spock, que acho que também já acabou. O Daniel também chegou a tocar no Cálix, por um breve período. Passou ainda pelo Elétrika, num período em que até eu acreditei que havia chegado a sua hora de fazer sucesso. Agora, reencontrei-o com o Lab. Eu já tinha visto o Lab no Programa do Jô, e, apesar de ficar feliz por ver meu amigo na Globo, não tinha gostado do show. Agora, ao vivo, fiquei positivamente impressionado com o som. Comprei até o cd (e dei um de presente pra Roberta). Acho que depois de tanto tempo, chegou a hora da música do Daniel ser reconhecida, porque o considero um grande artista e de muito talento, além de ótima pessoa. Antes, porém de escutarem a música do Lab, vejam o "testemunho" da Roberta e aprendam essa lição!
"Nunca fui muito de ouvir músicas de quem eu nunca tivesse ouvido falar, mas, desde que comecei a namorar o Edinho isso tem mudado. Digamos que 90% das musicas do iPod dele eu nunca tinha ouvido, e tenho sido obrigada a ouvir quando saio com ele. Na última quinta-feira, fomos ao Conservatório ver o show do Impar e do Lab. O do Impar eu não vi, porque, como tinha prova na sexta de manhã, acabei indo embora antes de começar. Mas o do Lab eu vi. E gostei. Gostei tanto que já tenho um cd e uma música preferida. É engraçado como as pessoas têm preconceitos contra o desconhecido. Cheguei achando que o show ia ser horrível e saí cantando as músicas deles. No domingo, quando fomos ao cinema, o cd que tocava no carro era o do Lab, e me surpreendi ao perceber que eu sabia cantar “pra dizer o que vc já sabe, pra dizer o que eu nem precisava dizer”. Então não tenham medo de ouvir coisas novas, pois elas podem se transformar em excelentes supresas. Beijos, Roberta."

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Coolio

Eu estava vendo tv aqui na casa da Fabi quando de repente me lembrei que o Édio tinha me deixado uma responsabilidade para o dia de hoje, que era de postar alguma coisa, então aqui estou eu. Estava eu no sofá da casa da Fabi, nada na televisão quando de repente me aparece um clipe do “Los Del Rio”, era o clipe da “Macarena”. E é impossível não ouvir essa música e não lembrar que minha irmã americana gostava dessa música. Foi aí que eu lembrei que tinha que postar hoje. Mas minha postagem não vai para o “Los Del Rio”. Quando me lembrei da minha irmã americana, eu automaticamente lembrei da minha outra irmã americana. Olha, eu normalmente não odeio as pessoas, mas era impossível não odiar a Amy. Ela é a pessoa mais chata do mundo. A única pessoa que gostava dela era o pai dela, mas mesmo assim, ele vivia falando mal dela pelas costas. A Amy tratava todo mundo mal simplesmente porque ela gostava de irritar os outros. Ela se divertia sozinha irritando e tratando todo mundo muito mal. Um dia, estava eu lavando minhas roupas, quando eu reparo que a máquina de lavar havia parado, quando fui até a lavanderia para ver o que havia acontecido, eu a Amy pegando minhas roupas, jogando-as no chão e colocando as roupas dela no lugar. Eu viro e pergunto, se ela tinha pirado o cabeção, e perguntei por que ela estava fazendo aquilo. Ela já me vira toda grossa, falando que era ela quem iria usar a máquina de lavar, e que estava no “horário” dela usar. Só que, em primeiro lugar, lá em casa não tinha nada disso de horário, e se tinha, ninguém havia me avisado nos cinco meses que eu já tinha de casa. Em segundo lugar, ela ficava o dia inteiro não fazendo absolutamente nada em casa, já que havia largado a faculdade e não estava trabalhando. E em terceiro lugar, não custaria nada ela bater na minha porta e me pedir com educação para eu lavar minha roupa suja mais tarde. Aí você me pergunta, cadê o artista? Pois essa minha irmã tinha a mania de ouvir duas músicas no “repeat”, e ouvia essas duas canções, o dia inteiro, eu não estou brincando não, o dia inteiro, está bem, não era o dia inteiro, mas era a manhã inteira. E não bastava ouvir, ela também tinha que cantar junto, e alto para todo mundo ouvir. Todo mundo ia lá no quarto dela reclamar, menos eu, e ela gritava com todos algo incompreensível. E o engraçado era que as duas músicas não tinham nada haver uma com a outra. Uma era “Gansta’s Paradise” do Coolio (música da trilha sonora de filme "Dangerous Minds") e a outra era “Its All Coming Back To Me Now” da Celine Dion. A primeira canção eu já era familiarizado, porém a segunda eu não conhecia, mas acabei aprendendo a letra graças ao “repeat” do rádio da Amy. Eu queria fazer esse post em homenagem a Celine Dion, mas como a Fabi achou ruim comigo, me criticando pelo meu gosto musical, eu resolvi dedicar este post ao Coolio, que é um puta mano lá da quebrada. Depois das incessantes sessões de Celine Dion na minha orelha, eu percebi que gosto é uma coisa que nos pode ser imposta. Porque depois de alguns anos, eu percebi que gosto de algumas canções dessa artista. Então, aí vai um post do Coolio, só porque Fabi mandou.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Maroon 5

(sábado, 08 de novembro, 07:30 da manhã) Me levanto para ir ao banheiro, meu pai já me chama para falar do Fusca. Quero voltar pro quarto e dormir mais, muito mais, mas as perguntas insistentes acabam me acordando. Quando dei por mim, já estava na garagem, descobrindo o que é que eu precisava fazer para que o Fusca funcionasse. Resultado: nem mesmo o meu pai conseguiu fazer o carro funcionar do jeito certo, mas me ensinou como desarmar o segredo. Acabou levando o Fusca para a oficina e eu ficando com o outro carro. Logo a tarde, o Fusca já estava de volta, e foi nele que iniciamos a aventura de sábado, que acabaria na história que a Roberta já nos contou. Primeira parada, churrasco do Bubu, fomos eu, a Roberta, o Léo e a Fabi de Fusca. No meio do caminho, sinto que ao acelerar, o carro já não responde. Não podia confiar no marcador de combustível, já que nem o odômetro do carro, nem o velocímetro estavam funcionando. Achei melhor abastecer. Paramos no posto de gasolina. O frentista, com um sorrisinho no canto da boca, pergunta: “É na frente né?”. Eu prontamente respondo: “Sim”. Viro pro pessoal no carro e falo: “Nem o frentista sabe como abastece um fusca!”. Abro o capô e dou a chave. O frentista ri de mim: “Pra que a chave?”. Peço R$ 50,00 de gasolina. O frentista, mais uma vez, pergunta: “Vocês tão levando um vidro de perfume né?”. E eu retorno: “Por que?”. Na mesma hora ele diz: “Qualquer coisa acima de R$ 20,00 aqui sai todo mundo fedendo a gasolina.”. Ele estava coberto de razão. Chegamos na casa do Tio do Bruno meio tontos com o cheiro de gasolina e descobrimos que o freio de mão do Fusca não funcionava. A rua do tio do Bubu era uma ladeira íngreme, tivemos que parar o carro no plano, dois quarteirões abaixo da casa, ainda torcendo para que o carro ainda estivesse ali quando voltássemos. Durante o churrasco, caiu uma chuva torrencial. Lembrei do step “capilarmente desfavorecido” do Fusca. Estávamos indo direto para o Pop Rock. Sem velocímetro, precisamos contar com a sorte para passarmos ilesos pelos radares. Além disso, não podia dar o azar de cair em nenhuma blitz. Não demos nenhum desses azares. Pelo contrário, os shows foram ótimos, o local de estacionar era plano, não tinha nenhuma blitz e fomos e voltamos sãos e salvos. É, parece que Deus ajuda mesmo quem tem Fusca. E o Pop Rock? Eu achei mais vazio que o esperado, com o som pior que o esperado, mas me diverti. O show do Maroon 5, de quem eu não esperava muito, me surpreendeu positivamente, tanto pela qualidade do som, muito superior ao das bandas nacionais, quanto pela apresentação ao vivo da banda, vibrante, com energia no palco, o vocalista cantando muito bem. O baterista, um dos melhores que eu vi nos últimos tempos, e alternado sucessos próprios com covers bem escolhidos, como Phil Collins e Chris Isaak.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Beth Carvalho

(Sexta-feira, 7 de novembro, 21:40)
“Edinho e Léo, A chave e os documentos do Fusca estão aqui. Só que antes de usá-lo vocês têm que falar comigo. Troquei o segredo do carro. Beijos, Cacá” Cheguei em casa na última sexta-feira na maior correria. Era aniversário da Robertinha. A festa estava marcada para as 21:30 e era imprescindível que eu chegasse no horário, senão, com certeza, eu não conseguiria entrar no 7 Cumes. Aquela sexta havia sido cansativa. Saí correndo do Ministério para pegar o vôo das 19:00. O avião até que saiu no horário, mas assim que eu cheguei em Confins descobri que eu tinha acabado de perder o ônibus das 20:30 para Belo Horizonte. Tive que me contentar com o ônibus das 21:00. O que me tranqüilizava era certeza de que pelo menos ia ter “carro” naquela noite. Até que eu me deparei com aquele bilhete. Não dei muita bola no início. Combinei tudo com a galera. Lino, Thiago, Bubu, Leo, Laura. Todo mundo confirmado. Carros acertados, fui tomar meu banho. Saindo do banho, ligo pra galera: “tô saindo”. Faltou combinar com o Fusca. Desatento eu aviso do bilhete, confiando numa explicação por MSN que o meu pai havia me dado, fui tentar ligar o Fusca. Quem disse que eu dei conta? Ligar, liguei, mas não soube “estimular” o “Ponto G” e o Fusca logo se apagou, pra sempre. Começo a ligar desesperadamente pro meu pai. Os dois celulares desligados. Ligo novamente, desligado outra vez. (Por que será que a gente sempre liga outra vez, mesmo quando o celular já deu desligado, e logo em seguida?) Ligo pro Lino: “Houston, temos um problema”. Conto o meu drama que se formava, o horário, o Fusca, o aniversário da Roberta. Resolvemos conversar no caminho enquanto pegávamos o Thiago, que estava todo animado com a perspectiva de beber aquela noite. Conto o meu problema para o Thiago, com a intenção de, no final, lançar a pergunta: “Você não quer ir de carro não?”. Ele entende a minha urgência. Pegamos o carro do Thiago. Eu vou dirigindo. 23:30. Estamos na porta do 7 Cumes. A fila está enorme e não anda. Somos sete pessoas e o segurança avisa: “Moçada, agora é assim: sai um, entra um”. Fodeu! O Thiago, tentando me consolar, fala: “E agora doido, que que cê vai fazer?”. Eu penso: “Tenho que entrar de qualquer jeito”. Resolvo conversar com o porteiro. Mando o “peri di lari” e... FUNCIONA! Bingo! Entrei. Libero o resto da galera e vou curtir a festa com a Roberta. Penso comigo “quase que o Fusca me fode”. A festa estava boa, a companhia melhor ainda. A banda tocava sambas clássicos, na verdade, standards da MPB, como “Chega de Saudade”, “Vou Festejar” e “De Frente Pro Crime”. Depois de uma fila gigante pra sair do lugar, e depois de um pit stop no McDonald´s da Savassi, chego em casa às 4 da manhã, morto de cansado. Vou dormir e penso: “Tenho que recuperar as energias porque amanhã tem Pop Rock.”. A Laura está dormindo lá em casa. Começamos a conversar antes de pegar no sono. Diz a Laura que no meio de uma frase, eu começo a roncar. Meu pai me acorda às 07:30 da manhã para ensinar “o segredo do Fusca”. Eu ainda passaria o sábado inteiro com o Fusca, mas isso fica para amanhã...

terça-feira, 11 de novembro de 2008

MC Buiú

Olá pessoal. Eu acho que ando meio desleixado com o blog. O problema, mais uma vez, é que está faltando tempo. As histórias estão aí. Acontecendo. Dessa vez, a Roberta resolveu contribuir. Essa é uma que aconteceu com a gente no último final de semana. E fiquem atentos, a saga continua amanhã (ou depois...).
Beijos e abraços para todos!
Edinho.
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(Eddie Fine Burgers, 09/11/2008, 3 da manhã. Toca o meu telefone.) - Oi mãe! - Onde vocês estão? Já acabou o show? - A gente tá na Rua da Bahia lanchando, acabamos de chegar aqui. - Estão so vocês dois? - Só mãe. - E vocês tão de que? - No fusca - Ah tá. Vocês vão demorar muito? - Não mãe, por que? - Porque vocês podiam pegar sua irmã e as meninas no E-pop na hora que saírem daí. - Tá. Pode deixar que a gente pega. Foi assim que começou a minha primeira história com o fusquinha do pai do Edinho. Já tinham acontecido outras coisas antes disso, mas não faz parte dessa historia. Como eu havia prometido a minha mãe, nos saímos do Eddie e fomos para o E-pop buscar a minha irmã. Eu me lembrei de quando era adolescente e meus pais me buscavam na porta das boites. Eu sempre esperava meus pais na esquina porque achava que era o maior mico o fato de eu não poder voltar de táxi, ou de carona com a galera. Mesmo assim, assumi a responsabilidade de tomar o lugar da minha mãe nesse dia. Chegando no e-pop, encontramos uma vaga exatamente na porta, onde paramos o Fusca. Nessa hora, uma lorinha, daquelas mais patricinhas do mundo, estava saindo de la. Não disfarçando o riso (e na maior falta de educação) ficou apontando pra gente e mostrando o fusquinha pras amigas. O que ela dizia? Não sei, mas imagino que estava realmente nos zuando. Ouvíamos Amy Whinehouse. Passaram-se mais ou menos 10 minutos até que as meninas saíram de lá. E saíram dançando, com jeito de que ainda estava cedo pra irem embora. Acomodadas (imaginem como ficou o fusca com 3 pessoas atrás...), a Ana pergunta: - Tem funk aí não? Eu: claro que não! Edinho: claro que tem! ( já tomando o i-Pod da minha mão) (É isso aí amigos! O Édio ouve funk e tem altas músicas no i-Pod.) Então, ao som de “Ela balança mas não pára” no talo, com as meninas dançando no banco de trás, fomos para a minha casa. Logo no primeiro sinal, um Punto preto, com dois “prayboy” parou do nosso lado. Logo gritaram: - Passa pra cá! Ana: quantos têm ai? Boy: dois, vem pra ca! Bete: mas nos nós somos três. Precisa de mais um! Boy: a gente dá conta das três. Flaviane: a gente só vai se tiver três. Boy (para o Edinho): ô cara, divide aí com a gente! Edinho: Compra um fusca que você consegue! É, acho que foi o auge da vida do Fusca, que pôs no chinelo o cara do carro do ano.
O pai do Edinho tinha razão. Deus não só protege quem anda de Fusca, mas também dá uma bela mãozinha...
Beijos a todos... Roberta Carvalho Freitas
Ela balança mas não pára: http://br.youtube.com/watch?v=fB7ppP8pzUg

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Jorge Ben Jor

- Olha quando você roncou antes, eu não falei nada. Agora dá, por favor, pra vocês falarem mais baixo!
Foi o que disse a tia do banco da frente para mim e para o Édio ao se virar de seu acento. Eram umas onze da noite, quando o ônibus começou a ficar naquele anda e para. Um enorme engarrafamento fez com que o nosso ônibus ficasse nesse movimento por cerca de uma hora e meia. Nessa hora eu estava acordadão e o Édio que estava dormindo tinha acabado de acordar no meio de Taj Mahal do Jorge Ben Jor, e acordou já todo saltitante e dançando.
- E o ônibus inteiro não precisa ouvir o que vocês estão ouvindo não!!
Foi o comentário que ela fez logo em seguida, desta vez sem se virar, se referindo à música que estava tocando nos headfones do nosso iPod, aliás iPod do Édio. Tínhamos comprado um bifurcador de áudio para que ouvíssemos ao mesmo som. Então, era normal se fizéssemos alguns comentários durante a viagem. E assim o fizemos. Acho que a tia não gostou de algum comentário em específico e resolveu nos censurar. Ou às vezes ela estava com sono mesmo. Só sei que na hora o maridão dela fingiu que não era com ele, e que nem conhecia aquela peça.
Pensei em me vingar, pensei em dar uns chutes ocasionais, pensei em aumentar o volume do iPod, pensei em fazer barulho com um copo de água, pensei em abrir a cortina. Pensei mas nada fiz. Mas nada que eu pensei seria mais perfeito do que o que o Édio fez. Ele abriu uma revista, ligou a luzinha, e ficou lendo a revista, artigo por artigo. Depois voltou a dormir e roncou feito um urso. Eu ria baixinho no meu canto e abria um olho bem devagar para ver se a tia não tinha se virado para reclamar mais uma vez. Desta vez ela ficou quietinha.
Depois de muito tempo, entre uma roncada e outra do Édio, acho que a tia conseguiu finalmente tirar um breve cochilo durante sua viagem. Lá pelas seis da manhã o Édio me acorda na maior cara boa do mundo e diz:
- Até que deu pra dormir, né?
Eu olhei para ele com vontade de rir, e respondi:
- Você eu vi que deu, e o resto do ônibus? Você deve ter mantido todo mundo acordado durante a viagem com seu ronco.
O Édio só virou e disse:
- Ah! Quer dormir que venha de carro, transporte aqui é público, aqui tem que aturar esse tipo de coisa.
Então aí vai a dica do Édio, se for viajar e quiser dormir, vá de carro, ônibus é transporte público, não é particular. Agora vai uma dica minha, se você for viajar e quer dormir e não pode ir de carro, certifique-se com antecedência de que você não está no ônibus do Édio.
Essa postagem é dedicada a todos os injustiçados, a todos aqueles que assim como eu não tiveram a sua cota de sono durante a viagem. Falando em cotas, venho aqui congratular o nosso governo pelo belo trabalho que vem fazendo na ampliação das áreas que englobam o Sistema De Cotas Para Negros, agora também atuante nas área de Presidentes Americanos(Barack Obama), na área de Campeões Mundiais De Fórmula 1(Lewis Hamilton), e na área de guitarristas da MPB(Jorge Ben Jor). 
Deixando a palhaçada de lado, gostaria apenas de lembrar o que muitos não devem saber, de que estamos no mês da consciência negra, então esta postagem vai também pros mano e pras mina. É nóis na curriria aê truta!
Se você não entendeu o porque do Édio ficar tão agitado ao acordar na viagem, pelo visto você nunca ouviu Taj Mahal então veja: 

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Graforréia Xilarmônica

Hoje, quem vê Carlos Eduardo Miranda, ou simplesmente, MIRANDA, no juri do programa "Astros", nem imagina que se trata de um dos maiores produtores musicais de rock do país. Junto com os Titãs, o Miranda lançou, no início dos anos 90, o selo "Banguela Records", responsável pelos melhores lançamentos do rock nacional pós anos 80. Dentre as bandas reveladas pela Banguela estão os Raimundos, Maskavo Roots, Little Quail & The Mad Birds e Graforréia Xilarmônica. Esta última, uma das bandas mais criativas já surgidas em nosso país. Pioneira de um estilo que ficou conhecido como rock gaúcho, a Graforréia mistura em suas músicas, o brega da Jovem Guarda com o vanguardismo do rock experimental e pitadas da música tradicional gaúcha. Entretanto, o mais legal da banda eram as letras, de autoria do genial Frank Jorge, na minha opinião, uma das maiores figuras do pop nacional. Frank é um desses caras interessantes, músico, professor universitário, escritor e cineasta e uma figura muito engraçada. Conheci a Graforréia através do Léo e do Diogo, que tinham os dois únicos discos lançados pela Banguela, e sabiam todas as músicas. A banda acabou no início dos anos 2000, sem que a gente tivesse oportunidade de ver os caras ao vivo, o que era um sonho meu. Já ano passado, logo que eu vim para Brasília, descobri que o Senhor F, um produtor musical do Distrito Federal, especializado em bandas independentes, havia produzido e estava lançando, pelo seu selo, um disco ao vivo da Graforréia. O sonho tornou-se realidade quando a banda se reuniu para um pocket show em Brasília, dentro da loja da FNAC, que eu tive a oportunidade de acompanhar. Por se tratar de um pocket show, eu pensava que eles iriam tocar apenas algumas músicas, e autografar os discos. Que nada, deram um show de mais de uma hora e meia, tocaram todas as famosas, contaram histórias da banda e piadas. Isso, para um público de aproximadamente 40 pessoas, que puderam ver de perto a genialidade da Grafórréia. Que sorte a minha de poder estar lá também. Mais um sonho realizado! Para quem não conhece, vale a pena ouvir.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Reel Big Fish

Quarta-feira 29 de Outubro, 23h00min. Belo Horizonte
Intervalo do jogo do Cruzeiro, alguma coisa me diz para ir lá preencher minha passagem para São Paulo. Quando eu deparo no seguinte, a passagem está marcada para o dia 16 de Outubro, e não para o dia 30. Como isso pode ter acontecido? Reparei que o dia 16 de Outubro também era numa quinta-feira, foi aí que percebi que quando havia comprado minha passagem o atendente deve ter marcado para quinta da semana que eu comprei ao invés de quinta da semana que eu queria. 
Quarta-feira 29 de Outubro, 23h30min. Belo Horizonte
Conversei com todo mundo que pude na empresa, não consegui resolver meu problema, tinha que comprar outra passagem e tentar resolver esse assunto através de uma carta formal de reclamação. Que azar da porra, ao menos meu time ganhou.
Quinta-feira 30 de Outubro, 08h30min. Belo Horizonte 
Tentei a mesma coisa do dia anterior, mas o que o atendente me disse é que eu deveria ter conferido. Desde quando o erro deles é de minha responsabilidade. Se um supermercado coloca um produto fora da validade na prateleira e eu compro, o erro é meu por não ter conferido a data de validade? Pois bem, desembolsei mais setenta conto, comprei outra passagem e fui para São Paulo.
Quinta-feira 30 de Outubro, 17h40min. São Paulo
Na rodoviária peguei o metrô para meu hotel, o Tryp Berrini, hotel que fora patrocinado pela tia Hercíla.
Quinta-feira 30 de Outubro, 19h20min. São Paulo
Depois de uma hora e meia de baldeação pelo sistema de transporte urbano de São Paulo, e depois de quase entrar no hotel errado, cheguei finalmente ao meu alojamento. Boas acomodações, obrigado tia Hercília. Édio que patrocinara meu ingresso para o grande show do Reel Big Fish chegou atrasado ao hotel, mas disso eu já sabia, o que eu não sabia era o que viria a acontecer.
Quinta-feira 30 de Outubro, 20h45min. São Paulo
Pegamos um táxi apesar da minha objeção. Chegamos à porta da Via Funchal e uma galera do lado de fora se encontrava fazendo hora para entrar, o show que estava marcado para às oito da noite nem devia ter começado, que alívio! Resolvemos entrar e para nossa surpresa, o primeiro show já tinha acabado, o segundo já tinha começado e ainda por cima o local estava lotado. Ainda bem que pegamos aquele táxi. O detalhe é que o Édio esqueceu a câmera no hotel, então nada de fotos exclusivas.
Quinta-feira 30 de Outubro, 22h20min. São Paulo
Deve ter sido mais ou menos esse horário que começou o show do Reel Big Fish, eu e o Édio fomos lá para frente do palco, encontramos com o menino maluco que jogara o tênis no palco no show anterior. Um pessoal estava dando um teco do nosso lado, apoiando a coca na mão e cheirando ali mesmo. Depois que a banda entrou só me lembro de uma galera nos espremendo por todos os lados, mas valia a pena, ficar exprimido para ficar pertinho da banda. Valeu a pena até a segunda música, eu até que aguentaria ficar até o final do show lá naquela confusão, mas acho que não estou mais na idade para isso não, então voltamos lá pro fundo.
Quinta-feira 30 de Outubro, 23h10min. São Paulo
No final do show fomos lá pro “The Fifities” que fica pertinho do Via Funchal, apesar de não termos fumado unzinho, estávamos numa fome infernal.
Quinta-feira 30 de Outubro, 23h50min. São Paulo
Voltamos a pé, idéia minha. Rapidinho chegamos ao hotel, reparamos que havia uma van parada na porta do hotel, e o pessoal da banda estava para nossa surpresa saindo da van e indo para o nosso hotel. Caraca maluco! Isso mesmo, a galera estava no nosso hotel, e cadê a câmera quando você precisa? Édio tratou de ir para o lobby do hotel para pegar uma caneta e pediu o seu segundo autógrafo da vida para o Aaron Barret, guitarrista e vocalista da banda que autografou seu ingresso na maior cordialidade. Lembro-me de ter pensado "mais perto da banda impossível", e sem precisar ficar expremido por um bando de adolescentes. O detalhe é que se não tivéssemos parado para comer, ou se tivéssemos vindo de táxi, não teríamos encontrado com o pessoal da banda. E nunca nem saberíamos que a banda havia se hospedado no nosso hotel, e olha que há vários hotéis na região. Engraçado é que um pouco mais de vinte quatro horas antes desse ocorrido, eu estava preocupado com outras coisas e nem me passava pela cabeça que uma coisa dessas poderia acontecer e mudar a minha sorte. Duas coisas: meu problema ainda não foi resolvido, continuo setenta Reais mais pobre. E eu sei que fica difícil de acreditar que ficamos no mesmo hotel da banda, e que tudo isso realmente aconteceu. Acredite está sendo difícil pra mim também, e eu estava lá. A única prova que temos é o ingresso do Édio, quem quiser ver é só pedir para ele, e confiar de que aquela é realmente a assinatura do Aaron Barrett do Reel Big Fish. 
Clipes das músicas que fecharam o show.

sábado, 1 de novembro de 2008

Goldfinger

Eu e o Leo estivemos fora desde a última quinta-feira, em turnê músico-cultural por São Paulo. Fomos ao JAGERMEISER ROCK, evento que contou com shows de Sapo Banjo, Goldfinger e Reel Big Fish e, na sexta, passamos a tarde no Salão do Automóvel, que o meu pai definiu como "o lugar que reúne os carros que você nunca vai ter e as mulheres que você nunca vai comer!". Desde que descobri o Reel Big Fish me tornei fã da banda, ainda mais que eles tocavam ska-core e foram uma das maiores influências do Silent Bob naquela época e essa seria a primeira vez deles no Brasil e eu não podia faltar ao show, ainda mais nessa minha política atual de não faltar aos shows que eu sei que mais tarde eu me arrependerei de não ter ido. Mas coube ao Leo contar como foi o Reel Big Fish e, por isso, eu trago o Goldfinger pra vocês. Foi mais de um mês de espera, entre a compra do ingresso e a hora do show. Programação de tudo com muita antecedência. Sufoco total para conseguir hotel em São Paulo no fim-de-semana de Fórmula 1 e correria no Ministério para sair mais cedo na quinta-feira e ser liberado na sexta, sendo que na última semana, tive que trabalhar alguns dias até 1 da manhã. Estava com sorte na quinta-feira. O vôo nao atrasou nenhum minuto, não peguei trânsito em São Paulo do aeroporto para o hotel. O show estava marcado para as 20:00 e chegamos, após a correria, às 20:45. A sorte acabou aí. Não é que o show começou pontualmente às 20:00. Perdemos o primeiro show todo e quando entramos na casa, o Goldfinger já estava tocando. Isso me deixou meio puto, não tava preparado para perder nenhum momento. O show, que começou meio frio, começou a esquentar. Os caras do palco, começaram a pedir a participação da galera. E o povo ajudou. O baterista se animou tanto que, lá pelas tantas, no meio de uma música, tomou o microfone e foi pra frente do palco. Pediu pra que alguém jogasse um tênis. Um maluco jogou o tênis. De repente ele me abre uma lata de cerveja, joga a cerveja toda no tênis, e toma a cerveja do tênis do cara. Verdade! Vou postar o vídeo do youtube. A galera vai ao delírio. Os caras mandam Superman e terminam o show com o cover de 99 Red Ballons, dos anos 80. Lindo! Pena que, na correria, eu esqueci minha câmera no hotel. É a segunda vez que isso me acontece esse ano, na mesma correria, na mesma cidade, no mesmo hotel, e, acreditem, no mesmo quarto de hotel (a primeira foi no dia do VMB)! Enfim, agora é tarde para reclamar. Depois, entre o show e o do Reel BIg Fish, tivemos a infeliz idéia de irmos pra frente do palco. Mas o legal é que o menino que havia jogado o tênis da cerveja no palco tava do nosso lado, doido atrás do seu outro par que, pra sua infelicidade, com certeza, ficou de recordação para outra pessoa. Fiquem com Goldfinger, uma das grandes bandas de ska-core ainda em atividade.
Superman (ao vivo em São Paulo): http://br.youtube.com/watch?v=InJi-3ARA48

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Aerosmith - II

Olá pessoal. Pra quem andou contando, se é que alguém fez isso, essa é a 50a. postagem do blog. Lembro de ter falado com a Carol que eu ia me surpreender se passasse de 3 dias, aqui estamos com quase dois meses de blog, mais forte que nunca. Obrigado a todos que tomam o seu tempo diário para lerem nossos textos. Essa postagem também é especial para mim, pessoalmente, além de ser a primeira vez que repito um artista. Mas como o blog é meu (e do Leo) e eu faço o que eu quiser (parafraseando Léo Jaime, quando esteve uma vez em BH - vide postagem sobre o artista), vamos lá.
Em 13 de setembro, quando eu escrevi sobre o Aerosmith, falava que quando eu estava na 8a. série Aerosmith era banda de menina, e que, depois que fui para os EUA, descobri que a banda fazia um hard rock duro, de qualidade, e gostei, especialmente dos discos dos anos 70. Entretanto, preciso me redimir. Somente agora descobri que o bom mesmo no Aerosmith são "as músicas de menina". As baladas. É nisso que eles são bons e é isso que faz o som do Aerosmith tão especial. Escutei "Crazy" apaixonado, cantei "I don´t wanna miss a thing" juntinho... Tudo faz sentido agora. ;)
Pra quem sempre achou que essa música tinha a batida perfeita para namorar: