quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Phil Collins

Esta semana me deu uma vontade de só escutar Phil Collins. Eu já conheço o trabalho do Phil Collins há muito tempo, mas desde que eu assisti, na última sexta-feira, um show organizado em homenagem à Rainha Elizabeth II da Inglaterra, realizado nos jardins do Palácio de Buckingham em 2002 (DVD Party at the Palace), em que o músico aparece em quase todas as músicas, seja cantando, seja tocando bateria, eu percebi o quanto Phil Collins se divertia com a profissão que escolheu. Gostava da música, de participar, não importasse como. Depois, pensando comigo, me lembrei de que na maioria desses shows beneficentes ou reuniões de artistas, Phil Collins é figurinha fácil. Carimbada. O cara é um verdadeiro fominha. E percebi que não é para aparecer não, como fazem outros artistas. É para tocar com os feras mesmo. E nessa mesma sexta-feira, navegando na internet, me deparei com a triste notícia: "Phil Collins não sabe se tocará bateria de novo." A notícia explica que Collins passou recentemente por uma cirurgia e, desde então, não tem mais conseguido segurar as baquetas, o que o impossibilita de tocar o instrumento. Diz ainda que a cirurgia foi realizada para corrigir um deslocamento de vértebra em seu pescoço, e que também o impossibilita de tocar piano. Tudo bem que para o público isso faz pouca diferença, já que Phil Collins já havia anunciado, em maio do ano passado, a sua aposentadoria, alegando que não via mais sentido em passar metade do ano dentro de um avião, e a outra metade entre hotéis e palcos. Sentia que já havia dado a sua contribuição. Mesmo assim, toda vez que vejo um profissional, de qualquer área, desse gabarito, ficar impossibilitado de fazer o que sabe melhor, me dá um sentimento de desespero. Imagino a pessoa, em casa, dentro de seu estúdio particular, ouvindo música, olhando para o melhor kit de bateria do mundo, com a cabeça a mil e lutando contra a frustração de não conseguir segurar nas mãos um par de baquetas, quando, em sua cabeça, elas já estão tocando. Esta semana eu só escutei Phil Collins (e Genesis). Prestei atenção em cada detalhe das músicas, do arranjo da bateria aos sintetizadores. Imaginei as letras. Phil Collins é um gênio. Da bateria, dos arranjos, da voz, das letras. E talvez esteja esquecido no turbulento mundo da música e das mudanças em que vivemos. Ouçam, pois, Phil Collins. "It takes control and slowly tears you apart."

Invisible Touch: http://www.youtube.com/watch?v=sNilkSLc_aI

Against All Odds: http://www.youtube.com/watch?v=uVjEcIANv1o

A Groovy Kind of Love: http://www.youtube.com/watch?v=STWN2yMeSlE

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