segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Chico Science & Nação Zumbi

Outro dia lembrei que já fui o Chico Science. Isso foi nos idos de 2001. Primeiros dias de faculdade. Aula de Introdução ao Estudo do Direito ou alguma matéria dessas básicas que o valha. O professor, um garotão, cismou que eu era parecido com o Chico Science e começou a me chamar de Chico Science. Rapidamente, o apelido chegou a Chico. E nunca passou disso. Ao contrário do que o Tio Didi defende, que os primeiros dias de faculdade são definitivos na formação da sua imagem e como você vai ficar conhecido, o apelido não pegou. Se bem que eu realmente era mais parecido com o Henrique Portugal do Skank que o Chico Science propriamente dito. O que pegou foi Edinho. Logo no primeiro dia de aula na Milton Campos, na aula de Metodologia, a professora pediu a cada um que disesse seu nome e por que havia escolhido o curso. Na minha vez eu disse "Edinho" e que gostava de escrever, e fazer Direito era a única maneira de ganhar dinheiro escrevendo nesse país. É o Araki quem gosta de repetir essa história. O Lucas, professor de IED, continuou me chamando de Chico Science durante todo o ano em que nos deu aula. E eu me identificava muito com esse professor pelo fato de ele gostar de rock, ter tido banda, ter sido intercambista. De alguma forma a gente compartilhava de um mundo parecido. E isso me fez ser bastante popular no início da faculdade, porque eu era retratado para os colegas, pelo professor mais popular, como um cara diferente e legal. Um dos raros shows do Silent Bob foi inclusive na festa de encerramento de um seminário de Filosofia do Direito promovido pela faculdade, mas deixa essa história pra depois. Na verdade, eu nunca fui muito fã do Chico Science não, mas, ouvindo no carro outro dia, tenho que reconhecer que o cara teve o seu valor no rock nacional. O Lobão falou uma vez que quando ouviu Chico Science pela primeira vez pensou: "estamos no primeiro mundo". De fato, depois da bossa nova, apenas Science conseguiu inovar na música, criando algo além da simples mistura de ritmos que a gente vê por aí toda hora. Criou uma forma de compor, letra e música. Uma forma de retrar o Brasil que geralmente fica à margem do rock. Ponto pra ele.
P.s.: A sugestão é ouvir "Rio 40 Graus" com Chico Science e Fernanda Abreu, mas eu não achei essa no Youtube. Assim, procurem, se tiverem curiosidade. Ele transformou a música chata em obra de arte.

5 comentários:

  1. eh isso ae, eddy.
    Chico Science na veia
    nação zumbi phorever.

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  2. Bem, e claro que o apelido nao pegou, uma vez que nao tem nada a ver com seu portador. Agora quanto a esse show do negocio ai do direito, eu nao me lembro de ter tocado nele.

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  3. Foi lá no Reciclo Didi... onde eu perdi inclusive a minha camisa de Hockey. Mas é de se imaginar mesmo que você não se lembre, vc dormiu durante todo o evento e só acordou quando estava na hora do nosso show.

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  4. Nem sabia de que se tratava aquele show.

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  5. Só sei de uma coisa, Chico Science e o resto do texto perdeu todo o brilho dps do: fiz direito porque é a única forma de se ganhar dinheiro escrevendo neste país!

    bjos

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