sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Skuba

Era uma vez, no final dos anos 90, que eu, bobinho que sou, realmente acreditei que o ska seria o "novo som" do Brasil. Depois do sertanejo, do axé, do pagode, da lambada, seria a vez do ska. Era óbvio na minha cabeça. E eu estava pronto para curtir a overdose de ska. Naquela época, sucessos internacionais do Sublime e No Doubt chegavam às rádios brasileiras. Bandas nacionais de ska, como os Skamoondongos, Mr. Rude, Manuels e Maskavo pipocaram. Eu até achei que o Silent Bob poderia surfar nessa onda de otimismo. Mas, nada disso aconteceu, e o ska voltou a adormecer. Continua recluso no seu gueto. A banda que gozou de um pouquinho de sucesso foi o Skuba, do Paraná. O Skuba conseguiu lançar dois bons discos seguidos. Churraskada (1997) e À Moda Antiga (1999). E um "sucessinho" em cada um deles. Triado, no primeiro, e Drugs, no segundo, eram as faixas que tocavam na MTV. Sim, nessa época ainda tinha clipe na MTV. Virei fã do Skuba naquela época, aliás, acho que todos nós do SBJJ, que tinha, em seu repertório de baile, a música Drugs (who needs drugs, you are my drug...). Mas o que vem à minha mente quando eu penso no Skuba, e lembrei disso essa semana, porque o Didi está escutando só Skuba (pelo menos é o que vejo no seu msn), foi a rápida passagem do Silent Bob pelas ondas do rádio. Belo Horizonte tinha uma rádio comunitária, em Santa Tereza, chama "Santê FM". E as amigas do Leo e do Didi tinham, sabe lá como, um programa nessa rádio. Programa de mulheres, chamado "OBjetivo", com o infame slogan "o programa que introduz algo de útil em você". Certo dia, a amizade bateu mais forte, e as meninas fizeram um programa com a participação do Silent Bob, que estava responsável pela trilha sonora do dia. E assim, levamos só cds de ska, além do nosso "recém-gravado" "4.5"... E fomos colocando músicas, inclusive as nossas. Lá pelas tantas, resolvemos tocar Skuba. Pronto. Foi o que bastou para o tempo fechar. As meninas odiavam a banda porque eles tinham uma música chamada "Não existe mulher feia" (é você que não bebeu demais), e "banda machista não entra no meu programa!". E eu parti logo para a defesa da banda, falando que não tinha nada demais, que era só uma música, que o instrumental era ótimo, mas não teve jeito. Não tocou Skuba naquela tarde. Fiquem agora com a música que não foi tocada.

3 comentários:

  1. - Banda machistóide não toca aqui não!!
    - Que isso galera o Skuba é uma banda exeeeeeeeepcional!!!

    Piada interna eu sei, agora é até engraçado, mas no dia o clima no estúdio ficou mais tenso do que sair com o sogro pro putero.

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  2. Fico feliz em servir de inspiração. Agora o Serginho Soffiatti (vocalista do Skuba) toca baixo na banda de screamemo Aditive.

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  3. Imagino a cara das meninas ao verem o CD do Skuba e a cara de vocês tentando defendê-los! hahaha
    Poxa! Mas vcs tb são tolos (rsrsrs)... um programa cujo alvo era feminino, tanto que o nome dele sugeria isso, e o slogan deixava claro, vcs me levam um música dessas... as meninas, possivelmente, com complexo de rejeitadas, por óbvio, iam revoltar contra o grupo! hahahaha

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